quarta-feira, 7 de julho de 2010

A cidade das máquinas

Cláudio, jovem poeta e idealista, divide um pequeno apartamento com Nilo, artista plástico, vendedor de quadros em feiras de artesanato completamente cético em relação à vida. Nos diálogos entre eles e as várias personagens paralelas são abordadas diversas mazelas da sociedade.

A peça faz crítica as situações atuais da sociedade.
Uma fala bacana de um dos atores, o poeta, é que ele não consegue permanecer no emprego, pois procura emprego que tenha gente, ao contrário disso, sempre se depara com máquinas.
Ao mesmo tempo, o pintor em uma das cenas se questiona afirmando que já teve amor, já teve esperança, já acreditou em Deus, mas descobriu que Deus é cartão de crédito, mansão, dinheiro no bolso e estômago cheio.
Assim, percebemos cada vez mais que nossa sustentação é o capitalismo, já nascemos na "caixinha" e para sobrevivermos temos que nos adaptar, nos tornando máquinas, contrário a isso, difícil sobreviver.
A peça também faz um tributo a Jonh Lennon que na noite de 8 de dezembro de 1980, quando voltava para o apartamento onde morava em Nova Iorque, foi abordado por um rapaz que durante o dia havia lhe pedido um autógrafo. O rapaz era Mark David Chapman, um fã dos Beatles e de John, que acabou dando 5 tiros em John Lennon com revólver calibre 38. A polícia chegou minutos depois e levou John na própria viatura para o hospital. O assassino permaneceu no local com um livro nas mãos, "O Apanhador no Campo de Centeio" de J.D. Salinger. John morreu após perder cerca de 80% de seu sangue, aos quarenta anos de idade.
Direção: Sérgio Bambace
Com: Fernando Santos e Ronaldo Oliveira
Texto: Pedro Tudech
Teatro:Ruth Escobar

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