sábado, 30 de abril de 2011

TEMPUS FUGIT

Sentia que o relógio chamava para o seu tempo, que era o tempo de todos aqueles fantasmas, o tempo da vida que passou.... tenho saudade dele. Por sua tranquila honestidade, repetindo sempre, incansável, “tempus fugit”. Ainda comprarei um outro que diga a mesma coisa. Relógio que não se pareças com este meu, no pulso, que marca a hora sem dizer nada, que não tem estórias para contar. Meu relógio só me diz uma coisa: o quanto eu devo correr para não me atrasar... Mas o relógio não desiste. Continuará a nos chamar à sabedoria: “tempus fugit...”. Quem sabe que o tempo está fugindo descobre, subitamente, a beleza única do momento que nunca mais será... " (Rubem Alves)

Minha inspiração, meu aprendizado, minha poesia, minha alegria...Meu amado Rubem!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Balé Stagium - Virada Cultural

Esqueci completamente de postar sobre a virada cultural.

Talvez, inconscientemente porque esse final de semana da virada definitivamente foi traumatizante.
Mesmo assim, consegui dar uma passadinha no domingo.
Fomos na Praça da Luz, umas das programações que mais gosto desse evento.
A apresentação de dança, balé e concerto são sempre de encher os olhos, é emocionante.
Mas dessa vez, a emoção do meu choro não foi pela beleza da apresentação, mas pelo coração doido que aqui eu estava.
Masss como todo o tempo tudo muda. Hoje de fato já é um novo tempo.
Não me canso de falar. Não é nenhuma teoria ou demagogia de que estou plena e feliz e resolvida.
Até porque felicidade é só um estado de espírito. E ser resolvida, deve levar um tempo danado, talvez fique velhinha com as mesmas chateações.rs
O que quero dizer, é que as coisas se transformam. E graças a Deus, graças ao tempo, quando você dorme e acorda, dorme e acorda, quando o dia passa, a noite vai, tudo já não é mais a mesma coisa.
E o que sofríamos, o que sofremos, hoje já não tem tanto peso, já não é mais como ontem.

Viver é incrível.


Eles apresentam-se sempre no Edificio Itália no teatro da dança.

Vejam o vídeo que máximo

Esse é o super Marcos Bezerra, vulgo mochileiro!!
Obrigada pela cia que fez toda a diferença nesse dia!
Adorote

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Tiê - Assinado Eu

Foi assim! blogando que descobri essa mega cantora,

O mundo virtual tem essas vantagens, nos facilita a conhecer coisas novas,

Confiram, super vale a pena...

Não só essa, como outras músicas dela!!

“...Me despeço dessa história e
concluo: a gente segue a direção..."



 http://www.myspace.com/tiemusica

Tiê Gasparinetti Biral (17 de março de 1980)é uma cantora paulista de MPB,
A cantora, neta da atriz Vida Alves, lançou em 2009 seu primeiro álbum intitulado Sweet Jardim, que contou com a colaboração de diversos artistas, como Toquinho, além de artistas da cena independente de São Paulo

domingo, 3 de abril de 2011

As bicicletas de Belleville

Gracinha de filme, trilha sonora fantástica, imagens, cores... tudo de bom!
Mas ainda prefiro "O mágico", do mesmo diretor.

Champion é um menino solitário, que só sente alegria quando está em cima de uma bicicleta. Percebendo a aptidão do garoto, sua avó começa a incentivar seu treinamento, para fazê-lo um verdadeiro campeão e poder participar da Volta da França, principal competição ciclística do país. Porém, durante a disputa, Champion é sequestrado. Sua avó e seu cachorro Bruno partem então em sua busca, indo parar em uma megalópole localizada além do oceano e chamada Belleville.
Direção: Sylvain Chomet
Lançamento: 2003 (França)

Bicho de 7 cabeças


Ótimo!!! Adoro essa diretora, fez também o filme "As melhores coisas do mundo" tem no blog.

Uma viagem ao inferno manicomial. Esta é a odisséia vivida por Neto, um jovem de classe media baixa que leva uma vida comum até o dia em que o pai o interna em um manicômio depois de encontrar um cigarro de maconha em seu bolso. O fato é a gota dágua que deflagra a tragédia na família. Neto é um adolescente em busca de emoções e liberdade, com pequenas rebeldias incompreendidas pelo pai, como pichar muros e usar brincos. A falta de entendimento leva ao emudecimento na relação dentro de casa e o medo de perder o controle sobre o filho vira o amor do avesso. No manicômio, Neto conhece uma realidade absurda e desumana, onde os internos são devorados por um sistema corrupto e cruel. A linguagem de documentário utilizada pela diretora empresta ao filme uma forte sensação de realidade, aumentando ainda mais o impacto das emoções vividas pelo protagonista.

Direção: Laís Bodanzky
Ano: 2001


Encontro Marcado com a loucura

Nesse livro, podemos perceber vários debates acerca das causas da loucura. Sendo essa questionada também sobre alguns aspectos, como orgânicos e hereditários, aspecto do sistema nervoso e até mitológico religioso.
Nesse sentido, alguns caminhos foram percorridos para o tratamento do transtorno mental, mesmo assim, até hoje, a forma de tratar a loucura bem como suas causas não são uniformes.
Entretanto, com o passar do tempo, vemos a evolução dos tratamentos no sentido de abordar a importância da fala e escuta do paciente, sem limitar o tratamento somente a medicação.
Discute a importância de viver e experimentar o contato com o outro inserido nesse contexto, percebendo de fato, quem é o doente mental, além de diagnósticos, buscando então, respeitá-lo, ouvi-lo e acolhê-lo em seu sofrimento. Dessa forma, nos aproximaremos nos permitindo conhecer e pensar sobre esse, não somente de forma “romântica” e incondicional, mas de maneira a ajudar a tornar visível o seu próprio mundo e conflitos internos na busca de sentido, compreensão desse sofrimento e reintegração do ser como individuo no meio em que vive.
Ao mesmo tempo em que esse debate, nos ajuda a formular questões teóricas relacionadas ao transtorno mental, faz nos suscitar questões sobre como é possível atender esse paciente, se nós mesmos temos nossas angústias em relação ao nosso desempenho e o que temos para oferecer. Então, muitas vezes pela ansiedade e medo são geradas as pré concepções sobre o assunto, dificultando o aprendizado e experiência por vontade de ter respostas prontas no trato com esses.
Assim, o livro tenta desmitificar nossas ilusões, nossas pré concepções, e a idéia equivocada que temos em sociedade sobre a loucura. Passo esse que se dá, num estar aberto, redescobrindo e experienciando esse espaço e contato com o outro, a fim de conhecer, questionar, e praticar uma humanização em psicopatologia.

Autora: Tania Cociuffo