segunda-feira, 29 de abril de 2013

Coração Vagabundo


"Meu coração não se cansa de ter esperança de um dia ser tudo que quer"
..."Meu coração vagabundo quer guardar o mundo em mim..."



sábado, 27 de abril de 2013

Teatro de Animação

Apresentação adaptada: "Os cegos" de michel de ghelderode - Teatro de Animação com Lilian Guerra 
Eu e querido e também geminiano Ale.
Experiência deliciosa!


SP Escola de Teatro


terça-feira, 16 de abril de 2013

Therese D.

Pensando sobre esse filme, me vi olhando na janela como a Therese: "Estou com medo"

E esse medo do novo, esse medo que as atitudes não deem conta das ideias, medo de que todo o instinto complexo dessa minha alma tome conta do meu ser e eu não consiga avançar.

Medo esse que é de tudo que eu sou, de todo esse tamanho que não me cabe...de tudo isso que me arde e me consome sem nem eu saber direito o que é!

Mas apesar disso, não me contenho. Mesmo com medo, sigo, nas atitudes mais impensadas. E em busca desse não saber, me revisto, me contorço, me avesso e me faço do que sei:  Sei somente o que não quero.

Dirigido por Claude Miller
Drama
França

Viva a revolução!

Já pararam para pensar?
Estamos vivendo uma revolução "moderna".
O Silas Malafaia e o Marco Feliciano mesmo que estejam sendo promovidos com seus discursos preconceituosos, estão servindo para ajudar a dar voz aos direitos homossexuais.
Toda essa oposição contra os gays, estão contribuindo para que tenhamos um debate sobre essa questão.
Penso que há um ponto positivo em toda essa bobagem que esses... pastores falam. Eles estão trazendo á tona todo o preconceito e desrespeito que a sociedade tem em relação a um casal de duas mulheres ou dois homens e isso está servindo para que também o outro lado possa ter mais força e estímulo para defender os seus direitos.
Pensando em um tempo passado, os negros também foram alvo de abominação por toda a sociedade, foram escravizados, tidos como escória e desprovidos de qualquer noção que os igualassem como seres humanos. Também as mulheres, por muito tempo foram alvo do machismo, preconceito e submissão. Houveram muitas mortes, protestos, discussões e sofrimento até conquistarem seus direitos.
Quando assistimos filmes, documentários que retratam a condição passada do negro ou da mulher, hoje pensamos: Onde já se viu um homem negro não poder usar o mesmo banheiro que um homem branco; um homem negro não poder frequentar a mesma lavanderia que um homem branco?
Há cabimento uma mulher ter que se casar por obrigação? Tem sentido a mulher não poder estudar, trabalhar?
Atualmente ficamos indignados com essas questões, no entanto, antigamente as pessoas foram educados para pensarem assim, e isso era comum.
Espero e torço para que num futuro próximo as perguntas de indignação sejam:
Tem cabimento uma mulher esconder que amava a outra por causa do preconceito dos outros? Há sentido um casal de homens não poderem adotar uma criança? Por que esses casais que se amavam não podiam casar?
Talvez lá na frente essas perguntas que hoje são discutidas em relação ao direito homossexual, comunique a mesma revolta que sentimos em relação as perguntas sobre direitos tão óbvios das mulheres e negros hoje.
Nessa época de preconceito contra negros ou mulheres a sociedade acreditava em uma coisa incomum com o que acreditam hoje relacionado aos gays: Há um padrão de família do qual a igreja julga ser precioso que não podemos quebrar. Então, negros separados de brancos (pois, negros são amaldiçoados) e mulheres submissas e inferiores aos homens e a família (porque essa era objeto de procriação e o homem quem detinha toda a sabedoria e conhecimento).
Imagine só, se não tivéssemos evoluído e hoje o debate de luta dos direitos fosse não só a favor dos homossexuais, mas também a favor dos negros e das mulheres. Será que o mesmo negro que tem repulsa contra o gay teria o mesmo discurso preconceituoso, já que esse estaria vivendo na pele também o preconceito de maneira tão violenta? Será que a mulher que desprovida dos seus direitos e reduzida a uma condição machista, seria também contra os direitos dos homossexuais?
A lógica da coisa é fácil, é só abrir a mente e pensar.
Os direitos dos negros e das mulheres foram conquistados com muito sofrimento e luta. Sabemos que esses ainda sofrem preconceito de alguma maneira, no entanto, hoje não é vergonhoso a mulher trabalhar e ser solteira ou um negro sentado ao seu lado, usando o mesmo espaço que você. O mundo evoluiu, e as crianças que cresceram nesse novo mundo, não foram educadas para sentir horror pela "espécie" negra ou achar a mulher sem préstimo.
Então, sou esperançosa para acreditar que a nova geração também será educada para respeitar um casal de mulheres ou um casal de homens. E com isso, entender que esse padrão de família "heterossexual" é somente uma das maneiras de amar entre várias outras. Antigamente era impossível conceber a ideia de uma mulher solteira criando o filho, hoje sabemos que há famílias onde se tem uma mulher solteira e seus filhos. Antes era impossível aceitar uma mulher branca com um homem negro, hoje isso não é mais proibido.
A mulher hoje não é desrespeitada porque é mãe solteira (pelo menos explicitamente) e também é aceito que brancos e negros se relacionem. (também explicitamente é aceito).
Sobre a questão da família, uma mulher solteira que cria e educa seu filho não pode ser considerada como uma família, porque é mãe solteira? Não é família porque se trata de uma mãe branca e um pai negro?
Nesse caso, as mesmas mães solteiras e casais heterossexuais de negros com brancos que argumentam que crianças adotadas e educadas por homossexuais vão crescer com transtornos psicológicos, devem pensar também na questão psicológica de suas crianças, pois, em um tempo mais atrás, a sua "família" não era vista com "bons olhos".
Ao mesmo tempo, compreendo todos aqueles que nesse momento não conseguem entender o que estou escrevendo e são contra o relacionamento entre duas pessoas do mesmo sexo, pois, foram educados a pensarem assim, como da mesma forma que os seus "tata tataravós" possivelmente foram educados para odiarem os negros e submeterem as mulheres.
Penso que o preconceito e a ignorância estão ligados a instrução contínua que tivemos ao longo da vida, claro que a grande influencia é religiosa, pois, afinal de contas, as ovelhas têm que serem domadas. O que seria da religião se os pensamentos dos fiéis fossem além dos dogmas?
Nesse momento, algumas pessoas não enxergam outras possibilidades porque foram educadas assim, e é só isso que conseguem pensar, no padrão em que estão.
Com a conquista dos casais "diferentes", tenho certeza que lá na frente será possível convivermos de uma maneira menos espantosa e medonha quando vemos dois homens ou duas mulheres juntos e a nova geração se indignará com os direitos que hoje são negados a casais coloridos. :)