domingo, 30 de maio de 2010

Charles Chaplin - O garoto

O Vagabundo (Charles Chaplin) acaba encontrando um bebê em uma lata de lixo deixado por uma mãe desesperada e decide levá-lo para sua pobre casa, adotando-o. Cinco anos depois descobre que a mãe virou alguém famosa, e tentará devolver a criança a ela, não sem antes muitos encontros e desencontros se realizarem.
Lindo!Muito fofo!
Direção: Charles Chaplin
Gênero: Comédia/Drama

Hospital da gente

Hospital da gente é literalmente um espetáculo.
Uma pesquisa que aborda a vivência e subjetividade das pessoas que moram na favela e têm como sobrevivência o lixo.
As atrizes foram excelentes em suas várias persongens que misturaram essa realidade dramática de forma bem humorada.
A peça propôs de forma totalmente inusitada, uma visita dentro da estrutura caótica do cenário em que estão inseridos, a favela, os barracos, a forma de vida das pessoas que ali estão. E além disso, discute e debate com o público de forma legitima e autêntica a experiência dessas pessoas.
EXCELENTE!!!!! NOTA 10

Foi construído a partir dos desconcertantes contos/cantos do escritor brasileiro Marcelino Freire. Em curta temporada na CAIXA Cultural São Paulo (Sé), a peça foi apresentada de 20 a 30 de maio de 2010, sempre às 19h30, com entrada gratuita.Essa montagem já foi indicada a cinco categorias no Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro, tendo conquistado três troféus.

Autor: Marcelino Freire
Direção: Mario Pazini
Elenco: GRUPO CLARIÔ Alaissa Rodrigues, Janaína Batuíra, Maira Galvão, Martinha Soares, Naloana Lima, Naruna Costa e Paloma Oliveira

As Graças - Noite de Reis

Com a montagem e atuação criativa e inteligente das Graças, a obra de Shakespeare ficou sensacional.
Peça que faz parte do projeto circular, elas se apresentam no ônibus e atualmente estão no parque da luz. O mais incrível é que é gratuito, sendo que há alguns espetáculos "comercias" super caros,não são comparados a criatividade, montagem, cenário, senso de humor e inteligência dessas meninas.
Não canso de falar...Sabe aquelas coisas trazem alegria?
São as GRAÇAS!
Baseada na obra de Shakespeare.Uma náufraga que se perde de seu irmão gêmeo e desembarca num país desconhecido, governado por um duque. Para sobreviver, ela se traveste de homem e oferece seus serviços ao duque, mas acaba se apaixonando por ele.

Parque da luz
autor - William Shakespeare
adaptação - Daniela Schitini
direção - Marco Antonio Rodrigues
elenco - Daniela Schitini, Eliana Bolanho, Juliana Gontijo e Vera Abbud
atores convidados - Dagoberto Feliz, Daniel Infantini, Danilo Grangheia, Fábio Espósito, Fernando Paz e Helder Mariane

terça-feira, 25 de maio de 2010

CATS

A história de "Cats" foi baseada em 14 poemas do livro infantil "Old Possum's Book of Practical Cats, de T. S. Elliot, publicado a primeira vez em 1939, com ilustrações do próprio autor. A inspiração do escritor veio da observação de seus próprios bichanos.
O musical conta a história de uma noite especial na vida dos gatos do grupo Jellicle. Eles encontram-se no Jellicle Ball, onde seu líder sábio e benevolente, Old Deuteronomy, fará uma escolha e anunciará qual deles irá para um lugar especial chamado "Heavyside Layer", onde poderá renascer para uma nova "vida Jellicle".

Bom, não sou muito fã de musicais, me interessei de início por que se baseia nos contos de T.S. Elliot.Vale a pena pra ver algo diferente, mas esperava mais.Ainda prefiro as Graças, Denise Stoklos,e várias companhias que dão um show, e o que é uma pena, não ganham a sua altura, pelo fato de não serem comerciais assim como CATS.

Teatro Abril

sábado, 22 de maio de 2010

Introdução a fenomenologia

Fenomenologia é uma palavra que foi referida por Aristóteles, Kant e Hegel com conotações completamente distintas. Porém , foi Edmund Gustav Albert Husserl (1859-1938), que deu um conteúdo novo à essa palavra, já antiga. O termo Fenômeno, origina-se etimologicamente do verbo grego phaínesthai , que significa "mostrar-se". Fenômeno, quer dizer:" o que se mostra em si mesmo, o que se revela.

Interessante entender outras teorias que nos apresentam o mundo de uma maneira diferente, onde se busca os significados sobre as coisas várias.

Autora: Angela Ales Bello

Contos do pássaro encantado - Rubem

Sempre falo isso, mas ler Rubem Alves, me faz companhia, me traz coisas boas, me enche de alegria.

Um trecho de uma das crônicas desse livro (mais um pra minha coleção)
A saudade

"...Conta-se de um homem que era apaixonado por sua mulher. A morte, entretanto, indiferente ao amor, levou-a. Ele ficou dilacerado pela dor e dirigiu-se aos deuses, pedindo que trouxessem a sua mulher da casa dos mortos. Os deuses responderam que não tinham poder sobre a morte, mas tinham poder sobre o sofrimento dele. Eles poderiam curá-lo do sofrimento.

- Como assim? – o homem perguntou.
- O seu sofrimento se deve ao fato de que você se lembra dela e sente saudades. Se nós a apagarmos da sua memória, você deixará de ter saudades e ficará feliz…
- Tudo menos isso! – ele gritou. – Porque é na dor da minha saudade que ela continua viva…
...Quem fala é um homem que foi inteiro e agora está pela metade.Só uma metade ficou. Mas a que ficou não era a metade mais amada.A outra metade essa arrancada, essa era a adorada... Saudade, tantas vezes ele repete essa palavra.Sabe que não será ouvido, porque ausências não ouvem.As ausências falam do seu silêncio.Dizem aquilo que se foi.Dói-lhe nas mãos uma mortalha, onde escreve o seu lamento.Mas seu lamento é inútil como um uivo de um cão numa noite sem lua.

... As palavras se repetem porque a dor pulsa e lateja.

Saudade: já tive a alegria de possuir o objeto que amo.Ele era meu.Mas agora se foi para longe de mim.Dentro do meu abraço está o vazio.
Rubem Alves

Saber envelhecer - CÍCERO

Leitura que faz parte do nosso projeto de pesquisa com idosos!
Adorei, recomendo!
"...Por certo, os que não obtêm dentro de si os recursos necessários para viver na felicidade acharão execráveis todas as idades da vida. Mas todo aquele que sabe tirar de si próprio o essencial não poderia julgar ruins as necessidade da natureza. E a velhice, seguramente, faz parte delas! Todos nós sonhamos ter uma vida longa, o que significa vivermos muitos anos. Quando realizamos a meta, em vez de celebrar o feito, nos atiramos a um estado de melancolia e amargura. Todos os homens desejam alcançar a velhice, mas ao ficarem velhos se lamentam..."
"...Sófocles que em idade avançada ainda escrevia suas tragédias. No fim da vida, Sócrates aprendeu a tocar lira. Catão, na velhice, descobriu a literatura grega..."
"...A vida segue um curso preciso e a natureza dota cada idade de suas qualidades próprias. Por isso, a fraqueza das crianças, o ímpeto dos jovens, a seriedade dos adultos, a maturidade da velhice são coisas naturais que devemos apreciar cada uma em seu tempo..."
Autor: Cícero, Marco Túlio

Noites de Cabíria

A atriz Giulietta Masina, faz um excepcional trabalho interpretando a prostituta ingênua Cabíria.Neste personagem que Fellini apresenta nos faz entender o que é sorrir, entristecer, emocionar, sentir e sonhar com o amor.
Noites de Cabíria é o retrato da perseverança em viver a vida. Levando as cicatrizes na alma com sorriso no rosto, discreta insistência no amor e grande vontade de ganhar.

"...tenho tudo o que preciso. Até um termômetro."


"...eu daria meu dinheiro por amor. Mas eles roubam."

Cabíria (Giulietta Masina) é uma prostituta empobrecida que vive nos subúrbios de Roma, sonha com respeito e amor, mas só se decepciona. Com um coração de ouro, ela procura pelo verdadeiro amor e é continuamente traída, mas nunca perde a fé na natureza humana. Ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro em 1957; prêmio de melhor atriz para Giulietta Masina em Cannes, também em 1957.
Descrito por Fellini como a história de uma mulher que se apaixona pelo amor, Noites de Cabiria ganhou uma versão para Broadway e também em um remake em Holywood, Sweet Charity.

Diretor: Frederico Fellini
Elenco: Giulietta Masina, Amadeo Nazzari, François Perier, Mimmo Poli.
País: França/ Itália

A insustentável leveza do ser

Tomas tinha tido muitas amantes. De todas as suas aventuras amorosas “sua memória só registrava o estreito e íngreme caminho da conquista sexual. Todo o resto (com um cuidado quase pedante) eliminara da memória”. “Aventuras amorosas”: Tomas, na realidade, nunca estivera apaixonado. O seu horror ao amor era tal que nunca permitia que uma mulher dormisse no seu apartamento. A idéia de acordar de manha ao lado de qualquer mulher o incomodava tanto que, terminada a orgia sexual, Tomas encontrava sempre uma forma de levar a parceira de volta à casa. Ele se parecia com o sultão d’As mil e uma noites: depois de uma noite de prazeres carnais, a amante era decapitada... Era assim que Tomas se via, como animal caçador eu abandona a caça tão logo sua fome tivesse sido satisfeita.Mas com Tereza tudo tinha sido diferente. Não que Tereza tivesse algum traço especial, que a distinguisse das outras. Por mais que a examinasse, nada encontrava nela que pudesse ser apontado como a razão para o seu amor. E, no entanto, sem razões, o fato era que ele estava apaixonado por ela.Sua aventura com Tereza tinha começado exatamente onde terminavam suas aventuras com as outras mulheres. Ela se desenrolara do outro lado do imperativo que o levava à conquista. Conhecera Tereza acidentalmente num bar de cidadezinha do interior. Dissera-lhe, quase como uma brincadeira, que se fosse à capital que o procurasse. E lhe dera o seu endereço. Tereza foi e o procurou. Chegara à capital doente e não sabia para onde ir. Foi aí que a história de amor começou. Ela estava ardendo em febre, adormecera no sofá da sala, e ele não pudera levá-la de volta como fazia com as outras. Para onde a levaria? Ajoelhado à sua cabeceira “ocorrera-lhe a idéia de que ela viera para ele numa cesta sobre as águas.”
Agora, a distância, pensava sobre as razões do seu amor e fazia, sem que disso se desse conta, a insólita pergunta de Santo Agostinho? “Que é que amo quando amo Tereza?”. Tudo se tornava claro de repente. Foi pela beleza desta cena que ele se apaixonara: Tereza, criança amedrontada, chegando aos seus braços com um pedido de socorro. “A mulher não resiste à voz do que chama sua alma amedrontada; o homem não resiste à mulher cuja alma se torna atenta à sua voz.”
“Parece que existe no cérebro uma zona específica, que poderíamos chamar de memória poética, que registra o que nos encantou, o que nos comoveu, o que dá beleza à nossa vida. Desde que Tomas conhecera Tereza, nenhuma outra mulher tinha o direito de deixar a marca, por efêmera que fosse, nessa zona do seu cérebro.”
Agora, na sua memória poética, aquela cena permanecia imóvel, imperturbável, fora do tempo. Era uma parte da sua alma. Não morreria jamais. Vinícius de Moraes percebeu que o amor pela mulher não é eterno, posto que é chama. Mas ele não percebeu que o amor pela bela cena permanece para sempre, pois “o que a memória amou fica eterno”.
“Que é que amo quando te amo?” Tomas amava Tereza porque amava antes uma outra coisa: aquela cena bela e comovente que repentinamente brilhara em sua imaginação. A mulher que ele amava era a Tereza daquela cena: a criança amedrontada que lhe chegava numa cesta sobre as águas. Tereza poderia abandoná-lo, deteriorar-se ou morrer. Mas a cena permaneceria inalterada, suspensa na memória poética, como objeto de amor.Amamos a bela cena antes de amar a pessoa. Por isso que Santo Agostinho dizia, em suas Confissões: “Antes que te conhecesse eu já te amava”. Somos amantes muito antes de nos encontrarmos com a mulher ou com o homem que será o objeto do nosso amor. Somos como a criancinha que já ama o seio mesmo antes do primeiro encontro. Sua memória poética sabe que ele existe.
A alma é uma coleção de belos quadros adormecidos, os seus rostos envolvidos pela sombra. Sua beleza é triste e nostálgica porque, sendo moradores da alma, sonhos, eles não existem do lado de fora. Vez por outra, entretanto, defrontamo-nos com um rosto (ou será apenas uma voz, ou uma maneira de olhar, ou um jeito da mão...) que, sem razões, faz a bela cena acordar. E somos possuídos pela certeza de que este rosto que os olhos contemplam é o mesmo que, no quadro, está escondido pela sombra. O corpo estremece. Está apaixonado. Rubem Alves
lançamento: 1988 (EUA)
direção: Philip Kaufman
baseado no livro de Milan Kundera

A máquina de abraçar

Máquina de abraçar é a história da relação da psicoterapeuta Miriam Salinas e da sua paciente, autista altamente funcional, a botânica Iris de Souza, vai ganhando corpo, voz, alma. Marina Vianna é Miriam Salinas; Mariana Lima, Iris. Malu Galli dirige o espetáculo do espanhol Jose Sanchis Sinisterra com tradução de Eric Nepomuceno.

Assisti a peça na programação da virada cultural no sesc pompéia ás 3 da manhã.Nesse dia o sesc estava uma delícia, com intervenções musicais e várias figuras!
Valeu a pena o passeio, mas não gostei muito da peça.
Achei que não abordou o tema do autismo de forma esclarecedora, além disso a psicóloga fez uma interpretação acelerada, aflita, ansiosa, contrário ao que acho que esse papel deveria ter.
Sesc Pompéia - Virada Cultural
Direção: Malu Galli
Texto: Jose Sanchis Sinisterra

Orquestra Osesp - Virada cultural

Emocionante!!!
lindo,lindo,lindo...

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo
Para a Virada Cultural, a OSESP preparou uma apresentação especial: em um palco montado ao ar livre, o regente convidado John Nelson homenageou o bicentenário de nascimento do compositor Schumman com a apresentação da abertura da obra ‘Manfred’ e a Sinfonia nº 2. O repertório do regente será composto de duas obras: Manfred, Op.115: Abertura e Sinfonia nº 2 em Dó Maior, Op.61, esta última composta entre 1845 e 1846.

Dia 16/05 parque da luz

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O carteiro e o Poeta

Em uma isolada ilha do Mediterrâneo, o poeta Pablo Neruda (Philippe Noiret) se exila por razões políticas, e acaba fazendo amizade com o carteiro quase analfabeto que é também seu fã. Uma grande amizade surge entre os dois, até o poeta tentar ajudar o pobre carteiro a conquistar seu amor de verdade.

Muito gracinha! várias citações de poemas, e muito gostoso se aproximar das metafóras sobre o amor, a natureza, e todas as coisas que se transformam pelo olhar poético.

» Direção: Michael Radford
» Roteiro: Pablo Neruda, Furio Scarpelli, Giacomo Scarpelli, Antonio Skármeta, Massimo Troisi, Anna Pavignano, Michael Radford
» Gênero: Comédia/Drama
» Origem: Bélgica/França/Itália

Alice no país das maravilhas

Assisti a versão em 3D, acho que daria para ter explorado mais, em relação a falas que mexessem mais com o público e remetessem a essência da história. Entretanto, o filme cumpre com a marca e o estilo de Tim Burton.
A qualidade da produção é ótima, os cenários computadorizados, e os figurinos são maravilhosos.
O figurino e persongem do chapaleiro maluco de Johnny Deep que sempre tem destaque nos filmes de Burton ficou excelente.
Ao mesmo tempo, a rainha Vermelha (ou Rainha de Copas) é uma vilã sarcástica e engraçada.
Também achei mágico o reino da rainha Branca e sua delizadeza.
Vários persongens coloridos e lindíssimos.
E o gato risonho! lindooo

Direção: Tim Burton
Gênero: Aventura
Distribuidora: Disney