Recomendo, um filme muito bom feito de uma maneira divertida sem apelar ou desrespeitar o sentido da história.
Gostei muito da atuação do Philippe (François Cluzet), o cara conseguiu ser engraçado e ao mesmo tempo passar muita emoção somente com a expressão do seu rosto...Sem contar que ele fez o papel do tetraplégico de forma muito real. Ele foi demais, eu gostei.
Psicologizando
um pouco, inspirada pelo meu estágio de grupos e comunidades com o fantástico
professor Dênio Cunha...
Na sociedade que vivemos temos as tais representações sociais que
por vezes são depreciativas rotulando e estigmatizando as pessoas por sua
condição, seja de doença, deficiência, moradia, vícios, status, etc. No caso do
Philippe, a sua condição de tetraplégico fazia com que em sua volta, o olhar direcionado
a ele fosse de compaixão, dó... É essa estigmatização e rotulação que estamos
falando; comumente o ser que está em uma condição doente, com alguma
deficiência, ou aspectos que diferem dos padrões sociais, são vistos de maneira
cristalizada que determinam como o outro é somente pela sua condição; como
nesse caso, o ser incapaz de qualquer outra coisa na vida, que não fosse ser
cuidado pelos outros, ele pela sua condição é digno de "pena",
compaixão!.
No
entanto, os seres mesmo em uma condição atual de doença, incapacidade,
deficiência, exclusão, etc... tem outras potencialidades que podem ser
vistas... O olhar o outro apenas pelo aspecto da doença ou da sua condição nos
afasta dele contribuindo para que não possamos enxergar outras circunstancias
em sua possibilidade de ser que não seja a deficiência. Fazendo com que sejam
"Os intocáveis"
Essa foi a grande sacada do amigo de Philippe, ele conseguiu vê-lo
genuinamente não pela sua condição de tetraplégico, mas sim, pelas suas
possibilidades de ser.
E refletindo sobre esse filme, o nome
intocável no plural não está a toa, Driss (Omar Sy) o jovem cuidador de
Philippe, por estar em uma situação problemática também passa a ser considerado
apenas pela sua condição de morador de periferia, negro, classe social baixa.
Quando
dirigimos o nosso olhar para as pessoas dessa forma, acabamos por construir e
compartilhar em sociedade que as pessoas são assim e pronto! Contribuindo para
que nós nos afastemos do outro, já que só enxergamos uma única condição para
ele. Sendo que o ser não é e sim, o ser está nessa condição e nele existem
outras potencialidades que podem ser vistas.
Esse
olhar estigmatizado para o outro, constitui nele mesmo essa identidade pessoal.
No caso de Phillipe o Tetraplégico totalmente incapaz, e no caso de Driss o
negro Marginal. “Os intocáveis”
O lance
aqui é que um se aproximou do outro, eles enxergaram além!!
País de Origem:
França
Ano de Lançamento:
2011
Direção: Olivier
Nakache / Eric Toledano
Muito bacana o que você observou, porém há muito erro na estrutura do texto, observe isso, fará toda a diferença se melhorar! abraços
ResponderExcluirObrigada pela dica, gosto de observações. Poderá colocá-las sem ser como anônimo. Beijos
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