domingo, 16 de setembro de 2012

Intocáveis


Recomendo, um filme muito bom feito de uma maneira divertida sem apelar ou desrespeitar o sentido da história.
Gostei muito da atuação do Philippe (François Cluzet), o cara conseguiu ser engraçado e ao mesmo tempo passar muita emoção somente com a expressão do seu rosto...Sem contar que ele fez o papel do tetraplégico de forma muito real. Ele foi demais, eu gostei.


Psicologizando um pouco, inspirada pelo meu estágio de grupos e comunidades com o fantástico professor Dênio Cunha...

Na sociedade que vivemos temos as tais representações sociais que por vezes são depreciativas rotulando e estigmatizando as pessoas por sua condição, seja de doença, deficiência, moradia, vícios, status, etc. No caso do Philippe, a sua condição de tetraplégico fazia com que em sua volta, o olhar direcionado a ele fosse de compaixão, dó... É essa estigmatização e rotulação que estamos falando; comumente o ser que está em uma condição doente, com alguma deficiência, ou aspectos que diferem dos padrões sociais, são vistos de maneira cristalizada que determinam como o outro é somente pela sua condição; como nesse caso, o ser incapaz de qualquer outra coisa na vida, que não fosse ser cuidado pelos outros, ele pela sua condição é digno de "pena", compaixão!.
No entanto, os seres mesmo em uma condição atual de doença, incapacidade, deficiência, exclusão, etc... tem outras potencialidades que podem ser vistas... O olhar o outro apenas pelo aspecto da doença ou da sua condição nos afasta dele contribuindo para que não possamos enxergar outras circunstancias em sua possibilidade de ser que não seja a deficiência. Fazendo com que sejam "Os intocáveis"
Essa foi a grande sacada do amigo de Philippe, ele conseguiu vê-lo genuinamente não pela sua condição de tetraplégico, mas sim, pelas suas possibilidades de ser.
         E refletindo sobre esse filme, o nome intocável no plural não está a toa, Driss (Omar Sy) o jovem cuidador de Philippe, por estar em uma situação problemática também passa a ser considerado apenas pela sua condição de morador de periferia, negro, classe social baixa.
Quando dirigimos o nosso olhar para as pessoas dessa forma, acabamos por construir e compartilhar em sociedade que as pessoas são assim e pronto! Contribuindo para que nós nos afastemos do outro, já que só enxergamos uma única condição para ele. Sendo que o ser não é e sim, o ser está nessa condição e nele existem outras potencialidades que podem ser vistas.
Esse olhar estigmatizado para o outro, constitui nele mesmo essa identidade pessoal. No caso de Phillipe o Tetraplégico totalmente incapaz, e no caso de Driss o negro Marginal. “Os intocáveis”
O lance aqui é que um se aproximou do outro, eles enxergaram além!!



País de Origem:  França
Ano de Lançamento:  2011
Direção:  Olivier Nakache / Eric Toledano

2 comentários:

  1. Muito bacana o que você observou, porém há muito erro na estrutura do texto, observe isso, fará toda a diferença se melhorar! abraços

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  2. Obrigada pela dica, gosto de observações. Poderá colocá-las sem ser como anônimo. Beijos

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