quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Avestruz


E o “acho que tô infeliz” falava tão alto que era impossível disfarçar
Desviava-se o olhar, mas a lágrima não escondia,
Virava-se o rosto, mas o corpo estremecia.
E tentavam consolar: Mas olhe ao redor, quantas pessoas tristes há!
Será possível ser mais feliz se consolando com a desgraça maior do outro?
Ora! A minha tristeza só pode ser a minha tristeza.
Só sofrerei pelas coisas que são minhas.
Sofro das idéias, tenho esse direito.



Sula

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