sábado, 22 de janeiro de 2011

1° aula Oficina Criação Poética - Casas das Rosas

Façam é muitooo bacana e fácil.
vale a pena, vão se surpreender como fica o poema depois que as palavras concretas são trocadas pelas abstratas e vice e versa!

E me mandem por email!!

sulamitaassuncao@hotmail.com

É claro que não vou comentar todas as aulas na íntegra, mas como a primeira é aquela sensação de ansiedade e novo, eis aí parte do exercício da minha oficina de criação poética.

Estou ansiosa para a próxima quinta!! hahaha

E fica a dica para quem quiser, sempre tem novas turmas.
E o melhor, só paga taxa de inscrição R$ 10,00.
http://www.poiesis.org.br/casadasrosas/

Bom, continuando...
Primeiro que meu *professor é um fofo! *www.fredericobarbosa.com.br

Ele lê as poesias e as comenta cheio de intensidade e intenção, sem contar que tem super bom humor, o que pra mim é uma qualidade moral.
Sabemos que as poesias podem ser metáforas que fazemos da beleza ou angustia e amor que temos.
Mas isso em exercício ficou um máximo.
Metaforizar o sentimento que é abstrato X coisas concretas

Então, escolhemos primeiro os 10 abstratos, depois os 10 que de forma concreta significavam o abstrato

Ficou assim:

Abstrato x concreto

Fúria - Vulcão
Nojo - Político
Medo - Sangue
Fome - Colher
Ansiedade - Fila
Plenitude - Mar
Nostalgia  - Relógio
Fé - Criança
Orgulho - Ouro
Dor - Lágrima

Depois criamos a poesia somente com as palavras abstratas.
Colocamos os 10 sentimentos em poesia (em SOMBRA).

Tanta fome de
Sobrevém a dor
Porque não encontro plenitude

Meu orgulho me enoja
Aumenta o medo dessa fúria
Há fuga dessa nostálgica ansiedade?

A melhor parte é quando você cria a mesma poesia, com a mesma intenção, mas substituindo o que estava na frente do sentimento, no caso, o que para esse sentimento significava coisas, o concreto.

Então na poesia abaixo, por exemplo, a palavra fome (Abstrato) representa colher (concreto) na associação que fizemos, assim será substituída para o poema.

Então a poesia criada com as palavras concretas colocadas nos lugares dos sentimentos acima, ficou assim:

Tanta colher de criança
Sobrevém a lágrima
Porque não encontro mar

Meu ouro me politiza
Aumenta o sangue desse vulcão
Há fuga desse relógio em fila?

Poucos vão entender que colher está metaforizando com fome.
Ou então, como saber que a plenitude que o poeta não encontra na verdade é o mar?

Por isso que ás vezes preciso pensar para entender a poesia, pensando tentamos nos aproximar do poeta e entendendo a intenção, nos aproximamos...sentimos juntos.

Não é lindo?

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