Olha, que bacana não sabia que a aranha exposta no Ibirapuera era dela.
O espetáculo biográfico apresentado pela Denise Stoklos como tudo que ela faz, é ótimo!
Engraçado, intenso, real!!!
Aborda a vida, obra, indagações e angústias da artista, boa parte associadas da sua relação com seu pai e mãe.
Freud iria adorar essa paciente.
Louise Bourgeois: faço, desfaço, refaço é um espetáculo com textos e cenários da artista mundialmente aclamada, francesa de nascimento mas naturalizada americana, em que a atriz e dramaturga Denise Stoklos retrata seus pensamentos publicados em diversos livros e entrevistas, na primeira pessoa.
Centro Cultural Vergueiro
Centro Cultural Vergueiro
Rua Vergueiro 1000 - 3397 4002
Louise Bourgeois (Paris, 25 de Dezembro de 1911 - Nova Iorque, 31 de maio de 2010) foi uma artista plástica conhecida no Brasil por sua escultura Maman, uma enorme aranha que permanece em exposição no MAM-SP, na marquise do Parque Ibirapuera.
" - escultura em aço 1996 - MAM Museu de Arte Moderna de São Paulo
Museu de Arte Moderna de São Paulo
Escultura de aranha da artista Louise Bourgeois, instalada em frente a Tate Modern de Londres em 2007
"Louise Bourgeois desenvolveu uma lógica das pulsões, importando vincular sua obra aos grandes temas do conhecimento ou da literatura e não aos sistemas da arte. Melhor falar então de um material extraído de recalques e embates da vida como abandono e ira, desejo e agressão, comunicação e inacessibilidade do Outro. No confronto permanente entre pulsões de morte, angústia, medo e as pulsões da vida, a obra de Louise Bourgeois é uma dolorosa e triunfante afirmação da existência iluminada pela libido. Nessa obra biográfica e erotizada, transformar materiais em arte é uma conversão física, não no sentido religioso, mas como a conversão da eletricidade em força. (...) Digamos então que a obra de Louise Bourgeois caminhe pela territorialização de imensidões. São assim o corpo, a casa, a cidade e o desejo. Ou a geometria, a família e a insularidade. Obra antiplatônica, não se satisfaz com o mundo das idéias e conjecturas. Deseja ter um corpo.
Esta arte não despreza a intensa referência ao sujeito. Retira a mulher da zona da sombra da história da arte. E esse sujeito da arte é uma mulher. Depois de Bourgeois, o universo da arte já não será de mulheres no mundo dos homens, nem têm de falar aí a linguagem dos homens, mas tornar presente seu próprio desejo. Moda e roupa são partes de um código identificado com o feminino. (...) A imensa Aranha (...) é trabalho, doação, proteção e previdência. É da potência da teia oferecer-nos acolhida ou enredar-nos como uma presa. 'A domesticidade é muito importante. Eu a acho avassaladora. Como tem de ser prática, paciente e prendada.' A afetuosa memória da maternidade está entremeada em várias esculturas.
Paulo Herkenhoff
Fonte:http://www.sampa.art.br/biografias/louisebourgeois/