terça-feira, 21 de setembro de 2010

Outra Terça

Por um momento eu me sinto,
Sei quem sou,
Me encontro nessa turbulência desses tantos desejos,
Desses tantos sentimentos pensando onde vou
O que eu faria se eu não fosse eu?
Me pergunto várias vezes
E num impulso de mim mesma
Me vejo correndo por aí aloprada
Escrevendo meus devaneios inspirada
Levando uma vida inusitada
Deitando na calçada
Sem escolher a roupa pro outro dia passada
Mas aí vem o medo
E mais uma vez, consigo sentir que o que eu vivo
É aquilo que não sou
É aquilo que sabe o poeta:
"Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que o desejo dos outros fez de mim."
Tento me livrar,
Me revestir pra me curar
Mas não encontro solução
Pra conseguir um espaço nesse mundo que não é meu
É preciso pisar no chão
E por medo de seguir o coração
Paro de fazer poesia
Pra fazer obrigação


Sula

4 comentários:

  1. Mesmo que eu não tivesse me contado onde pariu essa, eu saberia! As pérolas sempre brotando no caos.

    Viva!

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  2. o eu aí de cima substitua por você para dar coerência ao comentário..não reescrevi pq nao sei apagar..rs

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  3. "É preciso pisar no chão
    E por medo de seguir o coração
    Paro de fazer poesia
    Pra fazer obrigação"

    Quando publicar seu livro, me chama pra noite de autógrafos?
    Absolutamente verdadeiro e é exatamente como me sinto, muita vezes!
    Pra mim, o melhor seria:

    Quem me dera pisar no chão,
    E seguindo o coração,
    Abraçar de corpo e alma a poesia,
    E deixar de lado, a obrigação!

    Um gde beijo, minha poetisa predileta!

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  4. Que bom que gostou!!!

    Meio triste...
    Mas já ouvi dizer que ostra feliz não faz pérola!

    Também amo os seus!!

    E na sua versão ficou bacana, talvez o chão seria esse, e não o que eu penso que piso...

    Bjão

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