Hoje me perguntaram de maneira doce, ingênua e esperançosa. Uma forma tão assim de perguntar, que mesmo por email, me fez imaginar o rostinho com um olhar triste esperando uma resposta de algum lugar.
“Sula! Será que a gente pode ser muito e muito feliz?”
Engraçado que esse muito repetido me fez pensar que sobre a felicidade queremos assim; mais que muito, mais do que podemos sentir. Precisamos sentir, ver, perceber, expressar e mais. É um muito e muito de muita coisa junto.
“Será que a gente pode ser muito e muito feliz?”
Eu respondi meio assim, também cheia de certeza: “Oras, a felicidade? É claro que podemos!
E completei com algumas coisas que senti. E que faziam sentido! Não é simples? A felicidade não é aquela dos momentos que vivemos?
Aquele beijo apaixonado, a risada junto aos amigos, cada eu te amo, cada nova conquista! A música! Como a música faz feliz; os filmes, as estórias, os contos, os romances... E a poesia? Quer coisa mais feliz?
Alguma coisa disso não há de ser verdade?
Mas então, porque o nosso peito fica assim tão apertado
Com o coração angustiado?
Porque é tão grande essa ânsia de saber o que será
E se temos algo para encontrar?
Porque dessa falta não sei do que.
Com este espaço vazio cheio de medo
Que ficamos tentando preencher?
Queremos tanto achar a resposta, encontrar o culpado
Saber da causa para tanto sofrer antecipado.
Tão intenso e desesperado que esperamos,
Mas por onde andamos, suspeitamos se haverá a felicidade que buscamos.
E me fez lembrar do que disse o poeta:
"Dá-me lírios, lírios, e rosas também.
Crisântemos, dálias, violetas e os girassóis acima de todas as flores.
Mas por mais rosas e lírios que me dês,
Eu nunca acharei que a vida é bastante.
Faltar-me-á sempre qualquer coisa,
Sobrar-me-á sempre de que desejar,
Como um palco deserto.
Crisântemos, dálias, violetas e os girassóis acima de todas as flores.
Mas por mais rosas e lírios que me dês,
Eu nunca acharei que a vida é bastante.
Faltar-me-á sempre qualquer coisa,
Sobrar-me-á sempre de que desejar,
Como um palco deserto.
Sula
Louis Armstrong trazendo muita felicidade nestes versos:
What A Wonderful World
Eu vejo as arvores verdes
Rosas vermelhas também
Eu as vejo florescer
Para mim e para você
E eu penso comigo
Que mundo maravilhoso
Eu vejo os céus tão azuis
E as nuvens tão brancas
O brilho abençoado do dia
E a escuridão sagrada da noite
E eu penso comigo
Que mundo maravilhoso
As cores do arco-íris
Tão belas no céu
Estão também nos rostos
Das pessoas que se vão
Eu vejo amigos apertando as mãos,
Dizendo: Como você vai?
Eles realmente dizem: Eu te amo!
Eu ouço bebês chorando,
Eu os vejo crescer
Eles aprenderão muito mais
Que eu jamais saberei
E eu penso comigo...
QUE MUNDO MARAVILHOSO!
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